domingo, 18 de janeiro de 2009

Agropaulicéia desvairada

Há duas semanas na cidade grande (e eu pensava que Caxias era grande) já quase me acostumo ao trânsito, ônibus e trens lotados (um conceito novo de lotado, onde só lota quando nem o pensamento se mexe mais). Parece reclamação, mas não é: dia a dia contemplo esse espetáculo antropológico com paciência e bom-humor (segue com hífen né?).

EEEEE São Paulo, São Paulo da garoa... o Sílvio tem razão, todo dia tem dado uma chuvinha, bom para dar uma refrescada, até agora tenho ficado no limite do meu conforto térmico, numa boa.

Bendito é o Google Maps, que me ensina que ônibus devo tomar para cada lugar que devo ir, cheguei até a discutir com o cobrador sobr o itinerário, dr. Google não erra não mano. Mesmo assim uma perdidinha básica sempre ocorre, afinal é perdondo-se que nos encontramos (é dando que se recebe, é perdoando que se é perdoado... enfim).

Aqui vivo numa pensão que lembra a do ano passado em Osorno, quase a vila do Chaves outra vez. O bom é que é num bairro ótimo, com muito verde e tranquilidade, sequer há ruído de motor. A galera aqui é gente boa, já fui assador para uma família matogrossense inteira, churrasco na grelha com cortes estranhamente paulistas, vivendo, aprendendo e "grobalizando". Todo dia uma Itaipava geladinha me espera aqui em casa, junto com uma conversinha com os vizinhos. Após vem um belo banho e a comunicação com meus amores (especialmente a minha florzinha de pitanga), depois disso também já caio duro pois acordo sempre as 6.

O prefixo AGRO no título desse post tem o mero objetivo de chamar a atenção e evitar o plágio, o agro que vejo por aqui são minhas queridas pequenas frutas na câmara fria, chegando judiadas de uma longa viagem desde o Chile ou de uma curta porém turbulenta desde Campos do Jordão.
O CEAGESP cheira a agronomia (na verdade cheira a compostagem mal-feita). Lá tem de tudo e chega gente e produtos agropec do país inteiro, é impressionante, muito bom poder finalizar o curso de agronomia com essa experiência.

Meu escasso conhecimento em pós-colheita vem recebendo fortes contribuições por essa experiência prática, principalmente pelo fato de que há exatamente um ano atrás estava acompanhando a outra ponta do processo, a expedição da fruta no Chile. A idéia é que logo me torne um especialista do ramo no Brasil, muita pretensão e responsabilidade, mas uma necessidade. Humildemente trabalharei para isso, já tenho o respaldo de gente da vanguarda no negócio. Que convencido que sou!

Saudade do RS e de tudo e todos que lá estão, que me amam e são amados, especialmente minha família, minha morena e meus amigos. Também de um bom mate, churrasco...