segunda-feira, 30 de junho de 2008

O Voi não é Vovo!


Pra quem achava que tinha feito o pior trabalho de Alimentos e Alimentação dos Animais da história do Mercosul, até que fomos muito bem, até tive que conter a risada ao ouvir os elogios do professor.

Será que sou uma farça? Espero que não, na verdade foi o primeiro trabalho de toda a faculdade em que não mexi um dedinho, fiz aquele basicão bem nas coxa, e acho bem feio que tenha sido assim, mas fica aqui o registro para que não se repita, a sensação de um xingamento iminente é terrível, que bom que mais uma vez deu tudo certo.

Fica de novo aquela sensação de que eu pinto o dragão muito mais feio do que ele é na verdade, mas também não dá pra se jogar nas cordas né tchê.

Escutando Argentino Luna, meio gripado e louco de faceiro!

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Tchê!

Às vezes sou pura cabeça, noutras puro coração, quando será que chegará o equilíbrio? Já me quebrei muito a cara por andar por esses dois extremos, já tô de saco cheio de ser uma metamorfose ambulante.

Tá certo que isso é meio próprio da idade, mas não tem me deixado muito confortável! Esse lance de sentir com profundidade OU pensar até esgotar as possibilidades é complicado, mais uma vez me deparo com a velha briga entre minha cabeça e meu coração, maldição.

Tchê, te digo a forma de registro que ando meio perdido. Tudo tem dado tão certo pra mim e ao mesmo tempo sinto que falta alguma coisa, queria ser burro, não sofria tanto (grande Raul Seixas).

Isso de escrever no blog por si só já é uma viagem, mas vale o registro pra não cagar mais no futuro.

Tenho fé de que tudo vai dar certo, sempre. O otimismo que trago comigo sempre fala mais alto, mas muita esperança pode ser ruim também. Espero adquirir a habilidade de deixar rolar e ver qualé, até acho que já estou começando a agir assim e tentar controlar menos o que é incontrolável ou que não é apropriado controlar.

Então tá, de hoje em diante os esforços serão no sentido de deixar as coisas rolarem e daí ver qualé, não vale a pena forçar nada.

Um forte abraço pra mim mesmo no futuro quando leia essa postagem após tomar o Alívio de Dores, de Dores do Indaiá, MG.

domingo, 8 de junho de 2008

Nonno Bepe


Há 80 anos atrás nascia José Valentin Salvador, pai de meu pai e meu eterno amigo. Carinhosamente o chamávamos de Vô Bepe, Nonno José, Generale, Bepe. E ele sempre respondia esse carinho, nos chamando de popo, gaimbro, Vidia, popa, nene, ou trocando nossos nomes até acertar.

Com que carinho me lembro das tardes que passava com ele, batendo papo, contando balota, jogando carta, sentados no fogão à lenha ou inventando alguma coisa com as ferramentas da ferraria. Foi com ele que aprendi o valor e o gosto pelas coisas simples.

Os conselhos que ele me passou trago comigo até hoje e os outros que pude obter obervando sua personalidade compõe algumas linhas básicas do meu jeito de ser. Com ele aprendi muito sobre honestidade, sinceridade, trabalho, família e respeito, valores que ele tão bem passou a meu pai e a todos que sabiam escutá-lo.

Nunca se esforçou em ser amigo de ninguém, sua sinceridade não permitia qualquer traço de falsidade: se uma pessoa conquistava sua confiança, podia estar certa de ter nele um grande amigo, generoso e de coração aberto e mole, como todos os Salvador.

Nos dias dos pais, quando lhe desejavam um "feliz dia dos pais", sempre respondia, "obrigado igualmente seu moço" e embaçava as vistas ao ver a felicidade estampada em nossos rostos: sua maior alegria era ver-nos felizes e para isso sempre fazia o possível.

Com certeza ele segue conosco, vibrando com cada conquista e dando força quando rachamos a cara ou algo não sai como deveria. Sentimos a presença do Vô Bepe em tudo, compartilhando com ele nossos sentimentos.

Nonno, tenho muito orgulho e sou muito feliz em ser seu neto.

Maio...

Maio foi um mês bastante intenso, já contando pelo início do mês, com um baita findi no Uruguay. Uma galera muito animada, muito vinho, ovelha e campereada, além de alguns papos mais sérios e muito besteirol, tudo na medida certa. Não vale a pena levar a vida tão a sério, o que é pra ser, será. Às vezes busco sarna pra me coçar, não é por aí... há um monte de coisas boas acontecendo, é só olhar com os olhos certos!

Seguindo nessa linha veio a viagem a SP atrás do visto para a viagem de julho. Fui numa buena, junto com meu querido pai, que à noite teria um compromisso por lá. O acompanhei, de facciota e tudo, nessa reunião com gente de todo Brasil. Aguentei muito sarro pela derrota incrível do meu time na final do gauchão, até cearense veio encher o saco. Aproveitamos bem o coquetel, muito prossecco e petisquinhos, mas a fome ainda era grande. Decidimos jantar no restaurante do hotel e tomamos um bom vinho, nada melhor para companhar uma boa conversa, como há muito tempo não tinha com meu véio. Falamos de tudo, confidenciamos um ao outro muitas coisas e nos aconselhamos mutuamente de forma que o respeito e a admiração que tenho pelo meu pai só aumentou.

No dia seguinte, já cedinho fomos ao consulado. Depois de aguentar a fila por duas horas soube qua não seria atendido, estaria automaticamente cadastrado para a fila do outro dia. Bueno, às vezes o vivente dá com o burro n'água! Voltamos pro hotel para decidir o que fazer, se ficava ou se voltava, e aí tive a surpresa: um e-mail que convidava para uma grande oprtunidade na próxima semana, uma reunião em São Paulo!

Maravilha, já mato dois coelhos com uma só caixa d'água! Ficou decidido que voltaria na outra semana a SP, iria a reunião e faria o visto: uma frustração se tornou uma oportunidade, nada como estar sereno e confiante (basta ser sincero e desejar profundo, como diria Raul Seixas).

Com minha tentativa de moicano e a barba cortados (a sociedade ainda se baseia na imagem), embarquei, dessa vez sozinho, para Sampa. Tudo ocorreu maravilhosamente bem, tive até mesmo tempo para observar o modo de vida daquele povo e turistear um pouco. Na hora marcada, lá estava eu para a famosa reunião, incrivelmente tranquilo, até me surpreendi! Passei a tarde tratando de negócios (hahaha) e tive muito boa impressão do que me foi proposto, com fé vou alimentando essa oportunidade.

No dia seguinte, ainda mais cedo que na primeira tentativa, fui ao consulado. Lá fiquei das 5:30 até as 13:00, mas consegui o que queria, já estava com o visto em mãos. Na fila conheci pessoas muito queridas e obtive muitos conselhos de vida, mais uma vez me dizendo para não querer fazer coisas muito precipitadas, seguir o coração e ter a capacidade de ver os pontos positivos das coisas.

Dia 17 de maio, a grande festa do apê. Bombástica, os comentários guardo comigo, o que acontece na festa do apê, fica na festa do apê.

O findi seguinte, em casa, foi de descanso e muita conversa com meus pais, principalmente com a mãe, que me deu dicas muito importantes sobre como lidar com alguns aspectos da vida e sobre alguns pontos bem específicos dos quais eu, sem necessidade, tenho me preocupado em demasia. Valeu mãe pelos conselhos, meus velhos sim sabem das coisas, hehehe.

No mais a vida acadêmica, que vem exigindo bastante e ao mesmo tempo abrindo meus olhos para um futuro bem próximo... mas não há por que se preocupar, no final tudo dá certo!