quinta-feira, 22 de maio de 2008

Rio Grande do Sul visto por um Paulista...


Esse é um texto atribuído ao jornalista Arnaldo Jabor, pelo qual mantenho grande reserva. Porém isso é um fato que endossa o que o mesmo diz no texto a seguir, principalmente pelo fato de que estive em São Paulo recentemente e pude constatar que essa visão é compartilhada por mais gente do centro do país.

Não sou separatista. Acredito que o RS é antes de tudo brasileiro, de outra forma não teria participado tão efetivamente da construção de nossa nação verde e amarela, muitas vezes com o sangue dos filhos deste chão.

A bandeira do Rio Grande do Sul representa um dos rincões da bandeira brasileira cortado pelo sangue da revolução de 35, onde os habitantes desse pedaço esquecido do grandioso império chamaram atenção ao abandono pelo qual estavam passando. O Rio Grande do Sul, nossa Província de São Pedro, sempre quis ser brasileira.

E viva nosso Rio Grande amado!


Ao texto...

O Brasil tem milhões de brasileiros que gastam sua energia distribuindo ressentimentos passivos. Olham o escândalo na televisão e exclamam 'que horror'. Sabem do roubo do político e falam 'que vergonha'. Vêem a fila de aposentados ao sol e comentam 'que absurdo'. Assistem a uma quase pornografia no programa dominical de televisão e dizem 'que baixaria'. Assustam-se com os ataques dos criminosos e choram 'que medo'. E pronto! Pois acho que precisamos de uma transição 'neste país'. Do ressentimento passivo à participação ativa.

Pois recentemente estive em Porto Alegre, onde pude apreciar atitudes com as quais não estou acostumado, paulista/paulistano que sou. Um regionalismo que simplesmente não existe na São Paulo que, sendo de todos, não é de ninguém. No Rio Grande do Sul, palestrando num evento do Sindirádio, uma surpresa. Abriram com o Hino Nacional. Todos em pé, cantando. Em seguida, o apresentador anunciou o Hino do Estado do Rio Grande do Sul. Fiquei curioso. Como seria o hino? Começa a tocar e, para minha surpresa,todo mundo cantando a letra!

'Como a aurora precursora
do farol da divindade,
foi o vinte de setembro
o precursor da liberdade '.

Em seguida um casal, sentado do meu lado, prepara um chimarrão. Com garrafa de água quente e tudo. E oferece aos que estão em volta. Durante o evento, a cuia passa de mão em mão, até para mim eles oferecem. E eu fico pasmo. Todos colocando a boca na bomba, mesmo pessoas que não se conhecem. Aquilo cria um espírito decomunidade ao qual eu, paulista, não estou acostumado.

Desde que saí de Bauru, nos anos setenta, não sei mais o que é 'comunidade'. Fiquei imaginando quem é que sabe cantar o hino de São Paulo. Aliás, você sabia que São Paulo tem hino? Pois é... Foi então que me deu um estalo. Sabe como é que os 'ressentimentos passivos' se transformarão em participação ativa? De onde virá o grito de 'basta' contra os escândalos, a corrupção e o deboche que tomaram conta do Brasil? De São Paulo é que não será.

Esse grito exige consciência coletiva,algo que há muito não existe em São Paulo. Os paulistas perderam a capacidade de mobilização. Não têm mais interesse por sair às ruas contra a corrupção. São Paulo é um grande campo de refugiados,sem personalidade, sem cultura própria, sem 'liga'. Cada um por si e o todo que se dane. E isso é até compreensível numa cidade com 12 milhões de habitantes.

Penso que o grito - se vier - só poderá partir das comunidades que ainda têm essa 'liga'. A mesma que eu vi em Porto Alegre. Algo me diz que mais uma vez os gaúchos é que levantarão a bandeira. Que buscarão em suas raízes a indignação que não se encontra mais em São Paulo.

Que venham, pois. Com orgulho me juntarei a eles. De minha parte, eu acrescentaria, ainda:

'...Sirvam nossas façanhas,
de modelo a toda terra...'

Arnaldo Jabor

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Ciclo de Otimismo

A coisa vai andando bem, e parece que isso traz de arrasto ainda mais coisas boas. São pequenos sinais que a vida manda e que tenho recebido de mente e coração abertos, dessa forma tudo tem dado certo.

Realmente não tenho do que reclamar, e tampouco deva, pois dessa forma esse ciclo incrível de coisas boas será rompido. Grandes oportunidades estão surgindo e eu, mais tranquilo que água de poço, vou recebendo e agradecendo cada situação que o destino me coloca.

Assim vou tocando em frente, vivendo cada dia por sua vez e me mantendo firme aos parâmetros de caráter que tenho. Não faço grandes planos no longo prazo e estou sempre aberto ao que venha. O importante neste momento de alta é não deixar as impressões subirem à cabeça, não julgar e disfrutar tudo que a vida me oferece.