quarta-feira, 21 de julho de 2010

Há um ano na Paulicéia...

Acabo de completar um ano de vida na capital paulista, maior cidade do Brasil.

Para quem ingressou na carreira de agronomia para ter a possibilidade de morar "para fora", tem sido uma experiência muito diversa, no entanto enriquecedora: que melhor oportunidade de trabalho que o maior mercado da América do Sul? Que maior experiência de vida que viver independente, seguindo sonhos e ideais?

Pois lhes digo que não me arrependo, e me atrevo a dizer que, como todas as grandes decisões da minha vida tomadas com o coração, foi muito acertada.

Vivendo longe da família e dos amigos do Rio Grande, vejo que hoje constituí uma grande rede de amigos por aqui também, bem como percebo que a distância da família é relativa, pois nossas ligações vão muito além da presença ("a lembrança de um ausente tem mais força que a presença", JCB).

Desses doze meses posso destacar como mais importantes os últimos dois. Há sessenta dias iniciei o que pode ser o meu maior projeto de vida, junto a uma pessoa muito especial, que foi colocada no meu caminho pela graça divina. Graças a essa pessoa e a tudo que poderemos viver juntos, entendi que a minha vida é aqui e agora, não importa se no RS, SP ou Papua-Nova Guiné: postergar ou viver do passado não é vida. Entendi que já sou "homenzinho" e que devo traçar as linhas e metas da minha existência nesse mundo. Pra ti, guria, vai meu agradecimento.

No mais fica a saudade do Rio Grande.

Escrevo do escritório, tomando um mate para não perder a identidade!

Sangue verde do meu pago
Quando o teu gosto me invade
Eu sinto necessidade
De ver céu e campo aberto
É algum mistério por certo
Que arrebentando maneias
Te faz corcovear nas veias
Como se o sangue encarnado
Verde tivesse voltado
Do curador das peleias!

Gaudéria essência charrua
Do Rio Grande primitivo
Chupo mais um, pra o estrivo
E campo a fora me largo,
Levando o teu gosto amargo
Gravado em todo o meu ser,
E um dia quando morrer,
Deus me conceda esta graça
De expirar entre a fumaça
Do meu chimarrão querido
Porque então irei ungido
Com água benta da raça!!!

Um comentário:

Ana Paula Pedroso disse...

Uma pessoa especial, só é especial aos olhos de quem vê sua beleza...entretanto toda alma é por si mesma bela...pessoa especial, pessoa querida, pessoa que nos toca a alma, nos cativa e nos eleva...muito bom ser presenteado por Deus com essas pessoas especiais...