Alguns trechos:
"Dele mil vezes ouvi
o que tem que ser - será,
por longe que o homem vá
jamais fugirá de si
e com ele eu aprendi
as causas da natureza,
a fidalguia - a franqueza
e aquela velha sentença,
- atrás da cinza mais densa
existe uma brasa acesa!
E chego a ouvi-lo fazer
junto dum fogo de chão,
uma grande distinção
entre existir e viver,
filho, dizia - morrer
não é mais do que uma viagem,
por isso não é vantagem
o forte fazer alarde
que - às vezes - pra ser covarde,
precisa muita coragem!
Inda vejo o conselheiro
que evoco com devoção
naquele estilo pagão
de Confúcio galponeiro
que me dizia, parceiro
nesta existência brasina,
cada qual traz uma sina
que força alguma desvia
e nada tem mais valia
que as coisas que a vida ensina! "
o que tem que ser - será,
por longe que o homem vá
jamais fugirá de si
e com ele eu aprendi
as causas da natureza,
a fidalguia - a franqueza
e aquela velha sentença,
- atrás da cinza mais densa
existe uma brasa acesa!
E chego a ouvi-lo fazer
junto dum fogo de chão,
uma grande distinção
entre existir e viver,
filho, dizia - morrer
não é mais do que uma viagem,
por isso não é vantagem
o forte fazer alarde
que - às vezes - pra ser covarde,
precisa muita coragem!
Inda vejo o conselheiro
que evoco com devoção
naquele estilo pagão
de Confúcio galponeiro
que me dizia, parceiro
nesta existência brasina,
cada qual traz uma sina
que força alguma desvia
e nada tem mais valia
que as coisas que a vida ensina! "
Extraído de "Payadas do Negro Lúcio"
Em palavras singelas o Negro Lúcio, velho conselheiro, faz lembrar-me de meu Nonno Bepe e sua sabedoria. Muita saudade!
Um comentário:
Que poesia mais linda, o que ensina e o quer mostrar nos leva longe...e ainda é gostosa de ler..quase que ouvir uma canção com os olhos, ouvir lendo..mas é o coração que sente a melodia...
Postar um comentário